Charles Bukowski

16/07/2014 23:05

Henry Charles Bukowski Jr, nasceu em 16 de agosto de 1920, na Alemanha. Morre em Los Angeles em 9 de março de 1994.

Começa a escrever aos 15 anos e publica seu primeiro livro em 1955, aos 20.

Na infância, sofria os maus tratos do pai, que lhe batia com frequência por motivos fúteis, enquanto a mãe mantinha-se neutra na relação pai e filho. Na adolescência o rosto fica marcado por erupções graves que o afastam da escola e provocam o escárnio dos colegas.

De constituição forte, envolve-se em brigas, tem contato com a bebida que nunca mais o deixaria e passa a viver uma vida - fora da casa dos pais - marcada pela pobreza, pelos empregos de curta duração e inferiores à sua capacidade intelectual. Não completa o curso superior de jornalismo, mas continua escrevendo para pequenos periódicos, com uma linguagem própria, rebelde, coloquial, retratando sempre assuntos inerentes à periferia, seus dramas, bares, bordéis.

A maioria de seus textos é autobiográfico. Cria Henry Chinaski, seu alterego, um homem que vive em lugares decadentes, rodeado de prostitutas e bebida, vendendo seus artigos, fazendo trabalhos físicos temporários para o sustento imediato.

Não gostava da convivência com escritores contemporâneos, apesar de admirar e ter sofrido influência de  Louis-Ferdinand Céline, Ernest Hemingway e Fiódor Dostoiévski entre outros.

Considerado por muitos, como um vagabundo, imprestável, beberrão, mulherengo, dono de uma literatura marginal, pobre, linguagem obscena, com cunho sexual acentuado e recorrente; foi conquistando público com sua irreverência, e o bom humor com que retratava a miséria do sonho americano, criando uma relação de cumplicidade com todos que se viam descritos em seus personagens, de alguma forma, fosse pela simplicidade ou pelo fato de sobreviverem com a dignidade que lhes era permitida.

Escrevendo alucinadamente, sempre à noite, tinha a maior parte de seus trabalhos recusados pelas editoras. Só no final de sua vida passou a ser reconhecido, publicado e requisitado por Universidades e entidades culturais para ler suas poesias e crônicas, fazendo-o sempre no papel de seu personagem; alcoolizado e irreverente.

Hoje, é um escritor consagrado por suas obras: Cartas na Rua, Factotum,  Mulheres, Misto Quente, Hollywood, Pulp, Crônicas de um Amor Louco, Notas de um Velho Safado, entre mais de 45 delas. Está no teatro, no cinema e em álbuns musicais. 

Sobre ele, Jean-Paul Sartre, se referiria como sendo o maior poeta da América.

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